A CARTOMANTE

Vilela e Camilo eram dois “amigos” de infância que se reencontraram. Camilo era solteiro e Vilela estava casado com Rita.
Os três mantiveram uma amizade por muito tempo, um relacionamento loco de especial, porém, com o passar do tempo, um sentimento de ódio de Rita por Camilo foi aflorando.
Até que um dia, devido à ausência de Rita que só queria saber de choramingar que nem manteiga derretida, Vilela e Camilo deram reinício a um relacionamento clandestino.
Encontraram se durante muito tempo às escondidas, até que Camilo começou a receber ameaçadores telefonemas anônimo, relatando a traição.
Devido aos telefonemas, e ao medo de ser denunciado, Camilo decidiu afasta-se de Vilela, deixando de fazer as freqüentes visitas que fazia a sua casa.
Vilela imaginou que a ausência de Camilo significava que este não mais o amava, e desta forma procurou uma cartomante para saber, por meio de misticismo, se Camilo ainda o desejava.
Os dois se encontraram na sinaleira da principal rua da cidade e Camilo, que não acreditava nessas coisas, zombou de Vilela.
Um tempo depois Camilo recebeu um telefonema de Rita convocando-o para que fosse a sua casa urgentemente. Camilo logo imaginou que Rita havia descoberto a traição, e extremamente preocupado e confuso se dirigiu a casa de Vilela.
No meio do caminho, um taximetrista dirigindo um auto-de-praça estava atravessado na rua; por causa de uma pechada, fez Camilo parar justamente na frente da casa da cartomante. Como já estava desesperado, Camilo que não acreditava nestas coisas, imaginou ser “obra do destino”, e decidiu consultar a cartomante.
Esta, lendo as cartas, lhe disse para nada temer, que Rita nada sabia, e que ele e Vilela seriam felizes para sempre.
Confiante, Camilo voltou a se dirigir a casa de Vilela, e ao chegar no oitão se deparou com Rita muito abichornada, pois tinha pelado a coruja de Vilela e dado um adeus pra-tia-chica pro relacionamento dos dois.


Autoras: Mirta Liana dos Santos Rodrigues e Mirian Cristina Serpa